O Dia Mundial da Poesia foi instituído pela UNESCO em 2000 e é comemorado a 21 de Março de cada ano. A poesia é uma arte, através da qual a linguagem é utilizada para fins estéticos, como expressão daquilo que somos e que sentimos.
Para nos falar de poesia, o Luso Fonias conta com a participação do Pe. José Tolentino de Mendonça.
Na opinião do P. Tony Neves:
«Estamos na Quaresma, um tempo em que a poesia fala melhor sobre esta caminhada interior que nos conduz à manhã da Páscoa. Por isso, vou dar a voz ao P. Tolentino, biblista e poeta que escreveu um texto fantástico sobre este tempo que vivemos e os desafios que nos lança: A Quaresma é o contrário daquilo que, às vezes, se faz passar. Uma estação tristonha e austera, onde predominam as privações e os jejuns soturnos, que ninguém nos explica de modo satisfatório. Uma quadra lilás, cheia de imperativos que nos roem por dentro, mais como uma remorso do que uma sementeira de alegria. A Quaresma é o contrário disso. Quaresma sugere palavras vivas: conversão, reconciliação, renascimento...Quaresma é a primavera que Deus oferece à Igreja, para que todos acordemos da paralisia dos nossos invernos interiores e desatemos a florir. Quaresma é redescobrir a juventude com uma energia que trazemos na alma, a possibilidade real de recomeçar, de ser melhor outra vez e ainda outra vez. Não é um ritual de ano a ano, é um abanão ao nosso modo de viver, para que nos desinstalemos e compreendamos que Deus não nos quer amarrados a uma ‘vidinha’ que não reflecte nada de grade ou apreciável: nem Amor, nem, justiça, nem esperança. A Quaresma é, assim, uma aposta divina nas nossas histórias humanas, ás vezes demasiado humanas. E por ser tão importante não é uma receita, é uma proposta de caminho(...). Estamos em construção! Às vezes enchemo-nos de coisas supérfluas que só atravancam. Falsos projectos, muitos preconceitos, críticas fáceis, invejas, orgulho, egoísmo qb. E terminamos como um joguete nas mãos das nossas emoções mais superficiais. (...). Tudo isto seria um caminho terrivelmente intimista se não nos mandasse ao encontro dos outros. A esmola (uma partilha material e espiritual) tem de ser uma aliança e um compromisso, mais do que um acto pontual. Passa a ser a nossa atitude, seguindo o estilo do nosso Mestre que ‘não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida’. Obrigado, P. Tolentino pela sua poesia que nos ajuda a perceber melhor os mistérios de Deus e da vida.»
Na opinião do P. Tony Neves:
«Estamos na Quaresma, um tempo em que a poesia fala melhor sobre esta caminhada interior que nos conduz à manhã da Páscoa. Por isso, vou dar a voz ao P. Tolentino, biblista e poeta que escreveu um texto fantástico sobre este tempo que vivemos e os desafios que nos lança: A Quaresma é o contrário daquilo que, às vezes, se faz passar. Uma estação tristonha e austera, onde predominam as privações e os jejuns soturnos, que ninguém nos explica de modo satisfatório. Uma quadra lilás, cheia de imperativos que nos roem por dentro, mais como uma remorso do que uma sementeira de alegria. A Quaresma é o contrário disso. Quaresma sugere palavras vivas: conversão, reconciliação, renascimento...Quaresma é a primavera que Deus oferece à Igreja, para que todos acordemos da paralisia dos nossos invernos interiores e desatemos a florir. Quaresma é redescobrir a juventude com uma energia que trazemos na alma, a possibilidade real de recomeçar, de ser melhor outra vez e ainda outra vez. Não é um ritual de ano a ano, é um abanão ao nosso modo de viver, para que nos desinstalemos e compreendamos que Deus não nos quer amarrados a uma ‘vidinha’ que não reflecte nada de grade ou apreciável: nem Amor, nem, justiça, nem esperança. A Quaresma é, assim, uma aposta divina nas nossas histórias humanas, ás vezes demasiado humanas. E por ser tão importante não é uma receita, é uma proposta de caminho(...). Estamos em construção! Às vezes enchemo-nos de coisas supérfluas que só atravancam. Falsos projectos, muitos preconceitos, críticas fáceis, invejas, orgulho, egoísmo qb. E terminamos como um joguete nas mãos das nossas emoções mais superficiais. (...). Tudo isto seria um caminho terrivelmente intimista se não nos mandasse ao encontro dos outros. A esmola (uma partilha material e espiritual) tem de ser uma aliança e um compromisso, mais do que um acto pontual. Passa a ser a nossa atitude, seguindo o estilo do nosso Mestre que ‘não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida’. Obrigado, P. Tolentino pela sua poesia que nos ajuda a perceber melhor os mistérios de Deus e da vida.»
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