Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Teatro e do Circo, vamos conversar sobre a ligação entre estas artes de palco e a transmissão da Fé.
Para isso, contamos hoje com a participação do Pe. João Carlos Tavares, pároco da Moita e também ilusionista e malabarista.
Na opinião do P. Tony Neves:
«A Igreja, ao longo dos séculos, sempre foi muito criativa na forma de anunciar o Evangelho e os valores gravados nas suas páginas. Não foi original porque se limitou a seguir nas peugadas do seu Mestre: Jesus Cristo foi um verdadeiro artista, contador de histórias, protagonista de eventos mobilizadores de povo. A arquitectura, a pintura, a escultura, as artes dramáticas, a música, a dança, a literatura ... tudo serviu de base ao anúncio das convicções e valores que constituem o património da Igreja. Dois mil anos depois de Cristo, a arte continua a caminhar de mãos dadas com a Missão da Igreja. Queria partilhar duas situações onde senti isso com muita clareza. Durante os cinco encontros do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (em Viena, Paris, Lisboa, Bruxelas e Budapeste), foram muitos os artistas que se associaram ao evento. Nos palcos, a mensagem cristã passou pelos concertos musicais, pela dança, pelo teatro. Artistas profissionais e amadores traduziram em gestos artísticos os valores que a Igreja tenta testemunhar e propor às pessoas do nosso tempo. Falei da Europa, falo agora de África. Há dois anos, no sul de Angola, participei no Capítulo Provincial dos Espiritanos, no Lubango. A paróquia de Nossa Senhora das Dores presenteou os participantes com um teatro que foi construído para andar de escola em escola, de comunidade em comunidade, a falar da mensagem cristã, a propor mais justiça social, mais seriedade no trabalho, mais respeito pela escola, mais fraternidade e entreajuda e a ridicularizar a preguiça, o roubo, a droga, o álcool, a irresponsabilidade sexual, o recurso à feitiçaria e outros aspectos que estavam a prejudicar a vida das pessoas. Foi um momento cultural fantástico, em que percebi bem as mensagens transmitidas e que, de forma lúdica, ajudam as pessoas a interiorizar valores e mudar comportamentos. Não faz sentido pensar que basta saber as verdades da fé e dizê-las do altar abaixo. Há que escolher novos espaços e novos métodos para que outras pessoas escutem e se sintam motivadas a reflectir sobre a vida, alterando posturas e compromissos. Evangelizar de forma criativa é hoje uma questão de vida ou de morte para a Igreja. Há que tomar isto a sério. Não será também por isso que o papa bento XVI, na sua visita a Portugal, vai ter um encontro com personalidades do mundo da Cultura»
Na opinião do P. Tony Neves:
«A Igreja, ao longo dos séculos, sempre foi muito criativa na forma de anunciar o Evangelho e os valores gravados nas suas páginas. Não foi original porque se limitou a seguir nas peugadas do seu Mestre: Jesus Cristo foi um verdadeiro artista, contador de histórias, protagonista de eventos mobilizadores de povo. A arquitectura, a pintura, a escultura, as artes dramáticas, a música, a dança, a literatura ... tudo serviu de base ao anúncio das convicções e valores que constituem o património da Igreja. Dois mil anos depois de Cristo, a arte continua a caminhar de mãos dadas com a Missão da Igreja. Queria partilhar duas situações onde senti isso com muita clareza. Durante os cinco encontros do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (em Viena, Paris, Lisboa, Bruxelas e Budapeste), foram muitos os artistas que se associaram ao evento. Nos palcos, a mensagem cristã passou pelos concertos musicais, pela dança, pelo teatro. Artistas profissionais e amadores traduziram em gestos artísticos os valores que a Igreja tenta testemunhar e propor às pessoas do nosso tempo. Falei da Europa, falo agora de África. Há dois anos, no sul de Angola, participei no Capítulo Provincial dos Espiritanos, no Lubango. A paróquia de Nossa Senhora das Dores presenteou os participantes com um teatro que foi construído para andar de escola em escola, de comunidade em comunidade, a falar da mensagem cristã, a propor mais justiça social, mais seriedade no trabalho, mais respeito pela escola, mais fraternidade e entreajuda e a ridicularizar a preguiça, o roubo, a droga, o álcool, a irresponsabilidade sexual, o recurso à feitiçaria e outros aspectos que estavam a prejudicar a vida das pessoas. Foi um momento cultural fantástico, em que percebi bem as mensagens transmitidas e que, de forma lúdica, ajudam as pessoas a interiorizar valores e mudar comportamentos. Não faz sentido pensar que basta saber as verdades da fé e dizê-las do altar abaixo. Há que escolher novos espaços e novos métodos para que outras pessoas escutem e se sintam motivadas a reflectir sobre a vida, alterando posturas e compromissos. Evangelizar de forma criativa é hoje uma questão de vida ou de morte para a Igreja. Há que tomar isto a sério. Não será também por isso que o papa bento XVI, na sua visita a Portugal, vai ter um encontro com personalidades do mundo da Cultura»
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