sexta-feira, 4 de abril de 2008

Media Católicos: um serviço por uma cultura de paz

Na Mensagem para o 42.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, Bento XVI diz que: «Os media, no seu conjunto, não servem apenas para a difusão das ideias, mas podem e devem ser também instrumentos ao serviço de um mundo mais justo e solidário.»
O Luso Fonias de 30 de Março esteve à conversa sobre os media católicos e a sua actuação ao serviço de um cultura de paz, a sua responsabilidade na busca da verdade para partilhá-la. A entrevista é da autoria da Rádio Vaticano, uma das rádios parceiras do nosso programa, que conversou com o Pe. Bernardo Suate, Secretário-geral da SIGNIS - Associação Católica Mundial para a Comunicação.

Segue o comentário do Pe. Tony Neves:
«Falar hoje do mundo como aldeia global é já uma ideia gasta. Aliás, é antiga, já vem dos anos 60 do outro século e milénio. Mas, verdade seja dita, as novas tecnologias da comunicação têm potencial para aproximar pessoas e povos. E é pena que, em muitos casos, não sejam aproveitadas para este fim tão construtivo.
Estive um mês a percorrer os caminhos da Angola interior e profunda e verifiquei como as pessoas, sem televisão, Internet nem telefone, acabam por viver noutro mundo, distante do que vai acontecendo noutras paragens. É fácil de concluir que, nestes casos, o mundo não é uma aldeia global pois, para as pessoas, a sua aldeia é quase a escala do mundo.
Os meios de comunicação social que a Igreja tutela e dirige têm a enorme responsabilidade de formar, informar e divertir, ajudando a oferecer às pessoas a mensagem do Evangelho, como todos os valores gravados nas suas páginas. E, entre estes, está a paz. Em países e contextos marcados pela guerra, pela violência, pelo tribalismo, os media da Igreja têm uma responsabilidade acrescida e só devem veicular mensagens que ajudem a reconciliar, a descomprimir focos de tensão, a aproximar partes em litígio e formar para a justiça, a paz e o respeito pelos direitos humanos. Tarefa difícil, muitas vezes quase transformada em missão impossível.
Dou os parabéns a todos os media de inspiração cristã e, de um modo particular, às Rádios filiadas na VOX, porque, no espaço lusófono, são uma voz ao serviço da justiça e da Paz.»

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