Num mundo onde a comunicação é cada vez mais global, a rádio continua a ocupar um lugar de destaque na partilha e transmissão da cultura bem como no encontro entre diferentes povos e tradições. Nas zonas mais isoladas dos países menos desenvolvidos, a rádio é o único meio por onde chegam as informações mais actuais.
Na opinião do P. Tony Neves:
«O programa Luso-fonias, sucessor do Igreja Lusófona, está imparável. E, todos somados, já lá vão 520 semanas de emissão. Quando, em Luanda, intervim no Congresso que comemorou os 50 anos da Rádio Ecclesia, tentei explicar a importância da Missão que se faz pelas ondas radiofónicas. Apontei, no auditório da Universidade Católica, 16 desafios. Destaco agora alguns. 1. a democratização da informação, informando com a objectividade possível; 3. Formar os ouvintes para valores humanos e cristãos, de modo a que se tornem cidadãos mais responsáveis e, por isso mesmo, menos manipuláveis; 4. ajudar a cimentar a paz e a criar uma cultura de perdão e reconciliação; 6. Amplificar os princípios sociais da Igreja; 8. Dar grande lugar ao anúncio dos direitos humanos e à denúncia das suas violações; 9. ajudar a construir uma sociedade onde os cidadãos contem, onde a liberdade e a democracia não sejam palavras de dicionário; 10. Dar voz às populações que querem ver amplificados os seus gritos contra as injustiças de que são vítimas; 11. Incentivar a escolarização e o acesso das populações á cultura e às novas tecnologias; 13. ajudar a combater as pandemias e a universalizar os cuidados básicos de saúde; 14. elevar o nível cultural do povo, pelos temas aprofundados, pelos debates realizados, pela música e outras formas de expressão cultural. 15. Realizar parcerias com organizações não governamentais e outras instituições que trabalhem pelo desenvolvimento integral das pessoas.
Enfim, estes foram alguns desafios que lancei em Luanda, mas que poderia e deveria lançá-los em todo o mundo. A Rádio deve amplificar o grito dos pobres cujas vozes só falam em surdina e as autoridades parecem não ouvir. E por estas e outras razões que existe o Luso-Fonias. É por estes e outros desafios que faz sentido que ele continue no ar. E vai continuar enquanto a sua voz fizer falta à lusofonia.»
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