As alterações climáticas afectam todos, mas não de forma igual. Os custos sociais e económicos das alterações climáticas são muito mais pesados para os países em desenvolvimento e o seu impacto é crescente. Nestes países, não só existe uma maior vulnerabilidade às alterações climáticas, como existe uma maior dificuldade de adaptação ao impacto destas alterações.
As alterações climáticas são mais do que uma questão ambiental, são uma questão de justiça e igualdade global.
É preciso começar a pensar nas alterações climáticas em termos do seu impacto nas pessoas, das suas implicações sociais, económicas e humanas.
Para nos falar de “Pobreza e Justiça Climática” esteve em estúdio o Dr. Nuno Lacasta, coordenador da Comissão para as Alterações Climáticas, director do Fundo Português de Carbono e negociador nacional na Cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas que decorreu em Copenhaga de 7 a 18 de Dezembro.
Na opinião do P. Tony Neves:
«O Dia Mundial da Paz, a 1 de Janeiro, remete-nos para um ambiente de ecologia total, com a paz com Deus, com todas as pessoas, com a natureza. Ora, a Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, realizada em Copenhaga, na Dinamarca, de 7 a 18 de Dezembro foi mais uma frustração para quem as questões ecológicas são decisivas para o presente e futuro da humanidade. As Igrejas estão conscientes da gravidade deste problema e, a 13 de Dezembro, quando a reunião estava a meio, os sinos repicaram em nome de mais Justiça Climática. Elas têm alertado para o problema de justiça global que está em jogo: as emissões de gases de efeito de estufa (como o CO2) têm origem sobretudo nos países desenvolvidos, mas o efeito nefasto das alterações climáticas atinge muito mais duramente os países mais pobres. O controlo das alterações climáticas é exigido pelo Papa Bento XVI quando, na sua encíclica ‘Caridade na Verdade’ pede que todos se empenhem mais na defesa da justiça e na solidariedade com os mais pobres do mundo. Alterar o actual estado de coisas é dar mais uma oportunidade às gerações futuras e aos povos mais vulneráveis. A Igreja está sensível a esta problemática, trabalhando pela questão ecológica em diversas frentes. Assim, cito o caso da Confederação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade (CISDE) que, em conjunto com a Cáritas Internacional lançou, para 2008 e 2009, uma campanha política com o nome de ‘Pobreza e Justiça Climática’ sob o slogan ‘vamos criar um clima para a justiça’. Esta campanha esteve focada nas duas conferências das Nações Unidas sobre as alterações climáticas agendadas para este período e que configuraram uma oportunidade para pressionar os governos a assumir um compromisso justo e efectivo para um acordo global. Em Portugal, foi precisamente a Fundação Evangelização e Culturas, produtora deste programa, quem assumiu a responsabilidade de promover este campanha. Termino com a referência tão repetida de que Deus perdoa sempre, as pessoas perdoam às vezes, mas a natureza nunca perdoa. Corremos o risco de pagar muito caro as ofensas que lhe continuamos a fazer. Há que mudar atitudes. Os governos têm de tomar a sério a luta pela defesa de um clima saudável.»
As alterações climáticas são mais do que uma questão ambiental, são uma questão de justiça e igualdade global.
É preciso começar a pensar nas alterações climáticas em termos do seu impacto nas pessoas, das suas implicações sociais, económicas e humanas.
Para nos falar de “Pobreza e Justiça Climática” esteve em estúdio o Dr. Nuno Lacasta, coordenador da Comissão para as Alterações Climáticas, director do Fundo Português de Carbono e negociador nacional na Cimeira das Nações Unidas sobre as alterações climáticas que decorreu em Copenhaga de 7 a 18 de Dezembro.
Na opinião do P. Tony Neves:
«O Dia Mundial da Paz, a 1 de Janeiro, remete-nos para um ambiente de ecologia total, com a paz com Deus, com todas as pessoas, com a natureza. Ora, a Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas, realizada em Copenhaga, na Dinamarca, de 7 a 18 de Dezembro foi mais uma frustração para quem as questões ecológicas são decisivas para o presente e futuro da humanidade. As Igrejas estão conscientes da gravidade deste problema e, a 13 de Dezembro, quando a reunião estava a meio, os sinos repicaram em nome de mais Justiça Climática. Elas têm alertado para o problema de justiça global que está em jogo: as emissões de gases de efeito de estufa (como o CO2) têm origem sobretudo nos países desenvolvidos, mas o efeito nefasto das alterações climáticas atinge muito mais duramente os países mais pobres. O controlo das alterações climáticas é exigido pelo Papa Bento XVI quando, na sua encíclica ‘Caridade na Verdade’ pede que todos se empenhem mais na defesa da justiça e na solidariedade com os mais pobres do mundo. Alterar o actual estado de coisas é dar mais uma oportunidade às gerações futuras e aos povos mais vulneráveis. A Igreja está sensível a esta problemática, trabalhando pela questão ecológica em diversas frentes. Assim, cito o caso da Confederação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade (CISDE) que, em conjunto com a Cáritas Internacional lançou, para 2008 e 2009, uma campanha política com o nome de ‘Pobreza e Justiça Climática’ sob o slogan ‘vamos criar um clima para a justiça’. Esta campanha esteve focada nas duas conferências das Nações Unidas sobre as alterações climáticas agendadas para este período e que configuraram uma oportunidade para pressionar os governos a assumir um compromisso justo e efectivo para um acordo global. Em Portugal, foi precisamente a Fundação Evangelização e Culturas, produtora deste programa, quem assumiu a responsabilidade de promover este campanha. Termino com a referência tão repetida de que Deus perdoa sempre, as pessoas perdoam às vezes, mas a natureza nunca perdoa. Corremos o risco de pagar muito caro as ofensas que lhe continuamos a fazer. Há que mudar atitudes. Os governos têm de tomar a sério a luta pela defesa de um clima saudável.»
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