quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Unidade dos Cristãos

De 18 a 25 de Janeiro decorre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Uma semana criada para unir todos os anos as várias religiões cristãs espalhadas pelo mundo.
João Luís FontesPara conhecermos melhor o sentido desta semana, o Luso Fonias de 24 de Janeiro esteve à conversa com o Dr. João Luís Fontes, membro da Equipa Ecuménica Jovem como um dos representantes da Igreja Católica. Fomos procurar saber o que nos une e o que nos separa nos diferentes cultos cristãos.

Na opinião do P. Tony Neves:
«As Igrejas Cristãs até parece que fazem tréguas, durante uma semana, nas suas históricas divisões. É sempre, ano após ano, de 18 a 25 de Janeiro, na Semana da Unidade dos Cristãos. É pouco, muito pouco mesmo, este símbolo de comunhão, atendendo à gravidade do impacto do testemunho negativo que dá a divisão entre aqueles que seguem Jesus Cristo. Mas, como é sempre melhor o pouco que nada, há que valorizar esta Semana e dar tudo por tudo para que ela seja vivida com intensidade e com verdade.
Este ano, as reflexões e propostas de oração chegam-nos da Coreia, de uma comunidade onde o ecumenismo não é letra morta, mas realidade vivida ao longo de todo o ano. O tema é tirado do profeta Ezequiel: ‘Serão um só, em tua mão’. É um extracto da belíssima história que o profeta nos conta sobre a divisão e a reconciliação do povo de Israel: há dois pedaços de madeira, separados, onde estão inscritos os nomes dos reinos divididos de Israel. E, na mão de Deus, esses dois pedaços vão unir-se. Hoje, esta metáfora volta a fazer sentido porque, sobre os dois pedaços de madeira que formam a sua cruz, o Senhor da história cura as feridas e as divisões da humanidade.
O Ecumenismo tem de ser hoje, para as Igrejas, uma viagem sem retorno. Os caminhos que nos levam ao coração de Deus, à unidade, têm de ser palmilhados, quanto antes, por todos os que se dizem cristãos. É uma questão de credibilidade, é uma questão de verdade.
Por isso, há que combater com todas as armas que temos na mão e a oração é a mais forte. Mas também podemos investir noutras áreas de comunhão: reflectir juntos, trabalhar juntos pela justiça, pela paz, pelos direitos humanos; dar as mãos para a concretização dos objectivos do milénio para o desenvolvimento; combater a pobreza e todas as formas de exclusão e marginalização.
E tudo isto por uma questão de fidelidade a Cristo que, desde a primeira hora, quis que os cristãos formassem um só rebanho, conduzido por Ele, o Bom Pastor.»

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