Ao constatar que havia um grande potencial de participação dos jovens nas suas comunidades que não estava a ser utilizado, a organização não governamental Tese lançou este ano o projecto Do Something, que procura juntar as necessidades de várias instituições à disponibilidade dos jovens para ajudarem na sua comunidade. Com base numa página de internet, este projecto tem motivado muitos jovens a tornarem-se cidadãos mais activos através do voluntariado.
Para nos explicar em que consiste o projecto Do Something, o Luso Fonias conta com a participação de Virgílio Varela, Coordenador do projecto.
Na opinião do P. Tony Neves:
«Trata-se, a meu ver, da Revolução mais silenciosa que se opera na Igreja em Portugal nos últimos 20 anos. Refiro-me ao Voluntariado Missionário. Foi em 1988 que um grupo de Jovens Sem Fronteiras foi enviado ao interior da Guiné-Bissau para cavar os alicerces da Escola Sem Fronteiras de Caio – Tubebe, no meio da etnia manjaca. Foi uma experiência de interacção com as populações com quem partilharam dias felizes e iniciaram uma relação missionária que se mantém ainda hoje, aprofundada com a construção posterior das Missões dos Espiritanos e das Espiritanas e com a ampliação da Escola. Foi nesse mesmo ano de 1988 que o primeiro grupo de Leigos para o Desenvolvimento montaram a sua tenda em terras de S. Tomé e Príncipe para nunca mais de lá saírem. E depois partiram para Moçambique, para Timor, para Angola. Acho que o Voluntariado Missionário é uma revolução na missão da Igreja por diversas razões. A primeira é porque se dá um legítimo protagonismo aos leigos que também têm o direito (e o dever) de partir para aquelas que foram chamadas as ‘linhas da frente da Missão’, outrora um exclusivo para membros consagrados de Institutos Missionários; o voluntariado missionário está a fazer uma revolução na Igreja porque envolve maias as famílias, as sociedades e as comunidades paroquiais. Quando partia o padre ou a Irmã, quase só o Instituto e os familiares directos davam por isso. Hoje, com a partida de leigos, as famílias sentem-se envolvidas, umas apoiam e outras colocam dificuldades, mas o certo é que ninguém fica indiferente. E – talvez o mais significativo – na hora do regresso, a partilha do testemunho e o envolvimento de familiares e amigos em projectos, faz com que a missão fique mais próxima das pessoas. O anúncio deste Evangelho libertador de todas as formas de opressão ganha um impacto mais forte quando os leigos se envolvem de alma e coração e levam para a missão o que sabem fazer e a fé que lhes vai no coração. O Voluntariado Missionário é, na actualidade, um dos rostos mais visíveis da intervenção criativa da Igreja na evangelização, sobretudo com a participação dos jovens. Hoje há cerca de 40 instituições que preparam, enviam e acolhem no regresso Leigos (jovens e menos jovens) que partem em Missão. A Fundação Evangelização e Culturas revelou que, este verão, partiram 360 Leigos para a Missão lá fora. E foram muitos mais os que fizeram Missão cá dentro. Há uma nova onda missionária que não rebenta com a antiga, mas ajuda a aumentar o dinamismo no mar da Missão hoje».
Na opinião do P. Tony Neves:
«Trata-se, a meu ver, da Revolução mais silenciosa que se opera na Igreja em Portugal nos últimos 20 anos. Refiro-me ao Voluntariado Missionário. Foi em 1988 que um grupo de Jovens Sem Fronteiras foi enviado ao interior da Guiné-Bissau para cavar os alicerces da Escola Sem Fronteiras de Caio – Tubebe, no meio da etnia manjaca. Foi uma experiência de interacção com as populações com quem partilharam dias felizes e iniciaram uma relação missionária que se mantém ainda hoje, aprofundada com a construção posterior das Missões dos Espiritanos e das Espiritanas e com a ampliação da Escola. Foi nesse mesmo ano de 1988 que o primeiro grupo de Leigos para o Desenvolvimento montaram a sua tenda em terras de S. Tomé e Príncipe para nunca mais de lá saírem. E depois partiram para Moçambique, para Timor, para Angola. Acho que o Voluntariado Missionário é uma revolução na missão da Igreja por diversas razões. A primeira é porque se dá um legítimo protagonismo aos leigos que também têm o direito (e o dever) de partir para aquelas que foram chamadas as ‘linhas da frente da Missão’, outrora um exclusivo para membros consagrados de Institutos Missionários; o voluntariado missionário está a fazer uma revolução na Igreja porque envolve maias as famílias, as sociedades e as comunidades paroquiais. Quando partia o padre ou a Irmã, quase só o Instituto e os familiares directos davam por isso. Hoje, com a partida de leigos, as famílias sentem-se envolvidas, umas apoiam e outras colocam dificuldades, mas o certo é que ninguém fica indiferente. E – talvez o mais significativo – na hora do regresso, a partilha do testemunho e o envolvimento de familiares e amigos em projectos, faz com que a missão fique mais próxima das pessoas. O anúncio deste Evangelho libertador de todas as formas de opressão ganha um impacto mais forte quando os leigos se envolvem de alma e coração e levam para a missão o que sabem fazer e a fé que lhes vai no coração. O Voluntariado Missionário é, na actualidade, um dos rostos mais visíveis da intervenção criativa da Igreja na evangelização, sobretudo com a participação dos jovens. Hoje há cerca de 40 instituições que preparam, enviam e acolhem no regresso Leigos (jovens e menos jovens) que partem em Missão. A Fundação Evangelização e Culturas revelou que, este verão, partiram 360 Leigos para a Missão lá fora. E foram muitos mais os que fizeram Missão cá dentro. Há uma nova onda missionária que não rebenta com a antiga, mas ajuda a aumentar o dinamismo no mar da Missão hoje».
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