quarta-feira, 26 de novembro de 2008

À mesa com certeza mas com um prato saudável!

O Luso Fonias de 15 de Novembro contou com uma emissão sobre alimentação, um tema que hoje em dia se torna imprescindível discutir pelas preocupações que nos suscita.
As doenças relacionadas com a alimentação crescem a um ritmo acelerado, o que torna urgente a educação para hábitos saudáveis para que se coma de forma equilibrada e adequada. A entrevista desta semana focou-se na temática da diabetes e procurou perceber quais as causas e consequências desta doença.
Em estúdio esteve o Dr. Luís Gardete Correia, Presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), Ex-Presidente da SPD (Sociedade Portuguesa de Diabetologia) e Coordenador do Estudo Nacional da Prevalência da Diabetes. Não deixe de ouvir e aprender algumas dicas sobre alimentação saudável.

Na opinião do Pe. Tony Neves:
«Estamos num mundo de contrastes que atentam contra a dignidade e os direitos humanos. Todos os dias, os meios de comunicação social falam da obesidade nos países mais ricos como um drama imenso, uma vez que há um excesso de alimentação que causa desequilíbrios e doenças graves. Há, por isso, que fazer dietas rigorosas para evitar que as pessoas fiquem gordas demais. Por ironia, nunca houve tanta fome no mundo, o que prova que, como escreveu o Papa Paulo VI, as pessoas do mundo pobre têm razões para lançar um grito por mais justiça às pessoas do mundo da opulência. Também o Papa João Paulo II se lamentou porque os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Na viragem do milénio, todos nos recordamos que, os governos do mundo inteiro decidiram enfrentar o drama da pobreza e, desta forma, foram escritos os oito objectivos do milénio para o desenvolvimento. E, curiosamente, o primeiro destes objectivos é mesmo acabar com a pobreza extrema e a fome! Parece óbvia e indiscutível esta meta, até porque todos percebemos que a fome e a miséria arrasam qualquer civilização.
Quando damos a volta ao mundo, através dos meios de comunicação social, ficamos chocados com as desigualdades gritantes que vemos. Há tanta gente a viver numa opulência escandalosa, num despesismo intolerável e, ao mesmo tempo, milhões e milhões de pessoas vivem na mais inadmissível miséria. E mais: dentro dos países ricos também aumenta o número das pessoas que passam mal, até fome, como o prova em Portugal o aumento galopante das pessoas que recorrem aos alimentos do Banco Alimentar contra a Fome.
E se os economistas provam que o mundo tem bens alimentares suficientes para todos, torna-se fácil concluir que a fome não é uma fatalidade nem uma exigência que o limite de bens imponha, mas a consequência lógica da falta de justiça na distribuição. Esta verificação constitui um abanão forte à consciência da humanidade, pois há que criar uma nova ordem económica, política e social, à escala do mundo, que tente resolver estas desigualdades e, assim, rasgue caminhos de mais justiça social. Porque é uma vergonha para a humanidade continuar a haver gente que morre de fome.
Basta ser solidário. Não é preciso mesmo inventar nada!»

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