terça-feira, 16 de outubro de 2007

Pensar a Igreja

Mais de 30 Cardeais e Bispos do Velho Continente reuniram-se em Fátima, de 4 a 7 de Outubro, para a reunião magna do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), organismo que reúne representantes de 34 países.
Em cima da mesa, estiveram temas como o matrimónio na Europa, o ecumenismo, o processo de unificação europeia, a colaboração África-Europa ou a pastoral das prisões, entre outros temas que serviram de mote ao Luso Fonias do passado dia 14 de Outubro – “Pensar a Igreja”.
Em estúdio esteve o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que actualmente preside à Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), e que esteve na nossa companhia para uma reflexão sobre quais as apostas e prioridades da Igreja do século XXI. Uma entrevista que contou com a realização do jornalista António Trota e equipa técnica da Renascença Regiões de Braga.

Segue o comentário do Pe. Tony Neves:
«A Igreja tem dois mil anos. Um património riquíssimo que é preciso adequar às culturas dos tempos que correm, através de um esforço sempre renovado e aprofundado de inculturação do Evangelho. Estamos na era da Nova Evangelização e cinco cidades capitais da Europa decidiram avançar para um Congresso a fim de repensar a Igreja e a sua inserção nas Sociedades.
Budapeste, cidade monumental, acolheu a 5ª sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE), de 15 a 23 de Setembro. Terminou, assim, um ciclo que juntou cinco cidades capitais da Europa (Viena – 2003; Paris – 2004; Lisboa – 2005; Bruxelas -2006; Budapeste -2007) num Congresso sobre Missão na Europa.
Fé, Caridade, Martírio, Alegria, Esperança e Futuro foram os temas que marcaram a reflexão dos congressistas.
A Igreja abriu as portas e os cristãos saíram á rua. Antes de mais, entraram nos cartazes e outdoors das praças e das estações de Metro onde se podiam ver os símbolos do ICNE e a publicidade aos eventos e concertos.
Mas a Missão saiu mesmo à rua. Víamos grupos de jovens e menos jovens que cantavam nas praças, que faziam mímicas e peças de teatro, que distribuíam textos bíblicos às pessoas, que convidavam a entrar na Igreja para rezar e cantar, que distribuíam flores e desdobráveis.
Há que pensar e repensar a Igreja. Em era de mudança e de vertigem, não faz sentido parar na história e apontar o dedo acusador aos tempos que correm. Há que ter a lucidez e a coragem dos profetas para rasgar caminhos novos que dêem às pessoas razões de viver e acreditar. E que, acima de tudo, garanta a felicidade.»

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